quinta-feira, novembro 09, 2006

antigo mas bonito... um pouco do antigo eu...

ressonância
o mel de meus lábios pelo teu corpo nu
a essência das flores em nossas peles, em nossos poros
o cheiro do cheiro exportado de ti
junto a mim, satifeito
meus olhos nos teus olhos
nossas carnes em uma só alma
orgasmo mental em simples presença
garantia de tudo o que é belo
de todas as cores que se fazem azul
mel de teus lábios pelo meu corpo nu
arrepio morno queimando por dentro
felicidade emanada na essência de nossas flores
de nossas camas, dos nossos lençóis
sorrisos, gozos e lágrimas (alegria em demasia)

breve poema de um fim...

Se Um de Nós Cair em Desespero
Ao menos espero que ao fim
Não fique apenas uma vaga lembrança
Do quão grande fora tua felicidade
Ou quão especial foram os nossos
Breves momentos inesquecíveis

sábado, novembro 04, 2006

acho que vocês sabem bem de quem eu estou falando nesse texto...

Da distância dos amigos.

Aos amigos distantes, a certeza de que em cada gesto meu há um punhado de saudade. Conservo sua imagens, seus sorrisos, seus abraços. Meus amigos, quando longe, dormem no imaginário afeto.
E é nesta lembrança que o homem se faz maior, imune à estupidez que cerca o mundo, na morada do respeito aos semelhantes. Aos amigos errantes, a convicção de que as pedras, mesmo paradas nos montes, rolarão com a chuva, serão partidas pelo tempo e um dia se encontrarão, no vértice das coisas não ditas.
Estão comigo os homens exploradores das sombras que cercavam meu peito. Eles arrancaram a luz, entre copos, porções de amendoim e música, eles deram vida ao que padecia sob a poeira dos velhos discos, eles ouviram delírios, consolaram a dor, aplacaram a angustia, relevaram os tropeços de alguém desacostumado a medir o que dizia. Nossa filosofia de calçada iluminou as ruas dessa cidade ao mesmo tempo desencantada e bendita. Somos os loucos das entrelinhas das histórias daqui e qualquer acorde dissonante, de viola furada ou pífano afônico, nos trará de volta ao que na verdade nunca deixamos.
a todos os que apareciam na janela quando tudo parecia pequeno demais.