sexta-feira, dezembro 29, 2006


Engolir um choro causa náuseas. Poderia sentir menos os honrosos calos adquiridos nas estradas pedregosas de um humanóide universo se não tivesse o delicioso hobbie de afogar-se. Sim, ele fingia desconhecer a existência daqueles instrumentos de medição presentes a tempos consideráveis. Quem me dá um sorriso? Ah, poderia compensá-lo com flácidos olhares e cheiro de baba e pernas dançantes e informações sobre os amantes de Cleópatra e... Vamos! Onde perdeu seu amor próprio? Use seus frouxos olhares para captar as partículas constituintes de elementos como o ar, terra, água, fogo e homem! Sinta o cheiro individualista que se acerca de cada um pelo simples fato de haver uma cultural hierarquia nessas geometrias aristotélicas. Quem te dá um sorriso? Provavelmente pretende vender o mais novo secador de cabelos feito pela mega-empresa Belle. Ainda se atirará no poço-raso sonhando em mares? Mas... tens razão! E o que seria a razão? Deixe-me ver... ah, mais um bom artigo para se vender em livrarias. Além disso? Quiçá ilusão. Digo quiçá porque a moda do dia é não cair em sensos comuns. Aliás essa era a moda dos anos 60 e de qualquer geração cadavérica que luta por... Espera! Que fazes? Já te disse que o intra-asfalta é formado por petróleo cuja extração é danosa a natureza, sem contar com o monopólio... Logo vejo! Te disseram aquilo não foi? Vivem dizendo isso “para todos” (calma, a música de Chico é exceção). Meu caro, o monopólio não foi inventado para os homens e sim para o dinheiro! Mas se os papéis se invertem... inclusive o dinheiro é feito do papel em outro lócus semântico, óbvio. Óo pite! Como diriam os americanos no aparente momento que nos envolve. Aportuguesando, apenas para não gerar controvérsias aos poucos amantes dos valores luso-brasileiros! PENA... e volto a Chico. Terá mesmo atrapalhado o trânsito? Fiquei sabendo pelo jornal da construção de novas avenidas objetivando descentralizar o caótico mundo de quatro rodas... para que diabos inventaram a roda? Pelo visto me resta fechar a porta e aguardar as faixas amarelas dos agentes de polícia! Poderia ter esperado inventado isso há dois séculos atrás pois ficaria memorado no jornal do dia seguinte... É o que dá conviver num jogo de banalização da arte, cultura, sapatos, pentelhos e inclusive da morte!