domingo, julho 30, 2006
Salvação
Sombras vagam surdas-mudas
Sobre os becos sujos da cidade
O cheiro de diesel nos deixa loucos de sede
Mas o doce sabor do vinho não se compara
À suave nuance do teu corpo
Quando teremos nosso momento de silêncio eterno?
...o vento nos impede de andar...
Estrelas brilham sobre o asfalto que queima meus pés
O céu pesa feito chumbo nas nossas cabeças
Como se nos devolvesse para o seio da grande mãe
Que apodrece os teus que virão
Quando até os ventos soprarão a nosso favor?
Quando as almas tristes entenderão
O nosso interminável coro de lamentações?
Venha garota, a noite nos chama com seus vastos cabelos prateados
E a madrugada surge como uma onde de calor que estrangula a nossa vontade
Levante-se do seu silêncio ancestral
As lágrimas de sangue seco anunciam o novo tempo
O sacrifício vai começar...
O passar das horas nada mais significa para nós
Pois quando o choro dos anjos tornou meu canto universal
As velhas chagas se fecharam
E a besta enjaulada no coração da tua cidade
Acorda novamenteE nos entrega a salvação
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