quinta-feira, abril 26, 2007

Retrato Desbotado


Poema criado em 24 de agosto de 2005 a partir de um jogo de imagens e pensamentos interiores que compunham os meus delírios daquela época...

Rubra noite, escura aurora
Sonhos despertam desejos de outrora
Ao tempo em que o corpo arfante
Deseja os prazeres de antes

E claro vulto, negro anjo ancestral
Delícia e usuras, pílula do bem, a flor do mal
Sombras do futuro, ecos do passado
Uma vida inteira em um lance de dados

Gestos infantis, lábios que me amargam a boca
E visões insólitas dos teus gritos, da tua voz rouca
Perdem o perdão e se esquecem do agora
Embora tudo o que deseje seja viver por mais uma hora

Chega a manhã, a noite morre em ardor
Não me chames ao teu leito, nem reabra a tua ferida
Pois cada lembrança é um tributo ao teu senhor...
Ó época tenra e florida!!!

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