domingo, maio 03, 2009

Uma passadinha por aqui...

Uma passadinha aqui...
Poema breve pra matar a saudade...

O encaixe premeditado
O corpo feito em faísca
Quando não somos
Em sonhos retalhos
Postos em chamas
Anônimos pecados

domingo, janeiro 11, 2009

De Volta!!!


Flores são batom
E nossos lábios que tremem
Oh!!! Doce Luar

quinta-feira, agosto 28, 2008


São essas tuas palavras que bombeiam o meu sangue
São esses teus olhos que me entendem por inteiro
São essas tuas mãos que me acalmam os pensamentos
São esses teus braços que vivem me chamando, apertando e provocando.

É esse teu cabelo, meio preso na minha barba
E esse teu eterno intante de quando está comigo
Que aos meus sonhos dá abrigo
E que me ensina o que fazer...

São esses teus beijos que enlevam e furtam minha consciência.
São essas tuas carícias que me fazem todo seu e entrelaçam as minhas vontades
São esses teus risos e sorrisos que sempre me trazem alegria e atenção
São essas tuas cócegas que me deixam sem razão e sem ciência...

É esse o nosso bom e belo exagero,
De quando estamos de mãos dadas
E é essa a nossa saudade,
Em nossos abraços ansiados.


Amor da minha vida, não é bem uma carta...
Mas nós tudo isso e bem mais que eu não sei e até não me permito traduzir.

sábado, março 22, 2008

Breve poema pra chuva...


Canção da chuva

as notas são os pingos

há um maestro no céu

Desenha isso pra mim?

frescor das águas
que ao correr serenas
se tornam vidas

...

brilham corpos nus
entre asas de seda
mariposa amante

...

pedras rolando
vivem sem legendas
interpretam as ondas

sábado, fevereiro 16, 2008

Solidão


Pássaros cantam
muitas serenatas
no vazio do céu.

Suzy Murasaki

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

...

gosto do beijo
madura nos lábios
sabor do desejo

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Haikais

suas pegadas
na pele da terra
um flerte de luz do luar



















no céu da boca
estrelas bebem olhares
mundos paralelos

terça-feira, janeiro 29, 2008

Sangue, suor, saliva e saudade

Este sangue sincero
Sente saudades de tuas veias
Do suor deitado de teu corpo
Do calor humano de tuas sílabas
De teu sorriso cálido

Este sangue sincero
Sente vontade de tuas mordidas
Do fogo exaltado de tua saliva
Referência de toda neurose
Das declamações que contêm teu nome

Este sangue sincero
Sente saudades inexplicáveis
Nem mesmo em qualquer nível de poesia

quarta-feira, janeiro 23, 2008

...

Voltar ao passado... olhando os comentários de um blog de uma amiga encontrei esses versos perdidos que eu fiz certa vez pra ela... sem mais papos, aqui está:

A prostituta poetisa em cada noite uma personagem encarnava:
Nas de lua cheia era vinda das brumas de nome Morgana...
N'outra nos seus devaneios e se fazia de Tróia Helena,
se numa noite era nas areias do Egito a Cleopatra rainha.
Por oras submissa tal domada Catarina...
Mas, às vezes, com tantos homens aos seus pés, se sentia czarina.
Mas só quando chegava em casa e co’a caneta e papel à mão já tinha
podia, enfim, ser quem mais e sempre almejava: ...

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Que eu tou voltando pra casa...

Fazia um tempinho que eu não passava por aqui... mas a poesia é meu vício... e com novo ano, nova musa... fiz aiguns poemas... vou postá-las ao pouco... quem sabe ela leia...

Semente e Ventre

Sonho em beijar você todas as noites
E se um dia desistires de provocar as estrelas
Elas te diriam dos meus sonhos mais doces

Lá no íntimo eu
Personagem complexo e paradoxo
A simplicidade é uma taça de cristal fria

Momentos refletem e surgem
Encontro seus olhos em meu pensamento
E nos misturamos em um sonho amoroso

E somos pelo fato de existirmos
Tanto de um, quanto do outro

Semente e ventre
Gosto e saliva
Suor e lágrima
Cheiro e perfume

Não existe no mundo
Coisa tão bela
Quanto o desenho dos teus olhos
Ou do teu sorriso que pra mim se revela...

Espero que você veja isso ...

sábado, setembro 08, 2007

Vou disponibilizar uma tirinha do Dahmer hoje pra vocês...


A única obscenidade que conheço é a violência

FNORD

quarta-feira, setembro 05, 2007


Veste-me com tua capa de bronzeado natural
Cobre-me com os pêlos louros de costas nuas
Embriaga-me com o último segundo do carinho teu
Faz-me, de mim, um eu todo seu

Navega-me mesmo sem jeito
Quem vai se importar?
Na verdade...
O que é certo, direito ou esquerdo?

Mata-me
Pois precisamos do perigo
Para que insanos e salvos
Possamos desfrutar da afloração
Do nome de quem ama um amor terreno

Sei que você sabe que eu tou falando contigo...

domingo, setembro 02, 2007

P´ra alguém...


eu poderia ficar todas as horas
parado na tua frente,
olhando lábios e dentes,
dizendo teu nome,
só pra te ver sorrir.

quarta-feira, agosto 29, 2007


Toda suja,
Melada de uma arrogância besta
Aos doze usou sutiãs...
Aos quinze criava poodles...
Aos dezoito virou alcoólotra...
Aos vinte matou a mãe!!!
Seu corpo é constituido de material inflamável...
Não é bonita, nem se relaciona, não é amável...
Foge do destino como bruxa da fogueira
Geladeira vazia de comida
Comida vazia de calor
Calor vazio de calor
E fugir do calor é o seu segredo
Pois antes do homem veio o mundo
E antes do mundo feio o fogo
Mas bem antes do fogo veio o MEDO!!!

Homenagem...

Tenho andado meio afastado dessa casa... não foi minha culpa, é que eu tenho cá estado com alguns projetos meus que têm meio que tomado meu tempo para escrever... e como eu gosto de postar coisas do punho tem ficado meio difícil... Maíra, mesmo não fazendo novas postagens, todo dia eu passo por aqui em busca de algum recado teu... tu ainda vais vir por aqui no sete de setembro?
Bem, mudando um pouco de assunto, queria deixar aqui registrado uma singela homenagem a dois grandes amigos meus, um deles é o Thiago, vulgo monstro, que hoje me deixou realmente feliz ao dar um grande passo para realizar um sonho: ser escritor. Hoje o monstro recebeu o primeiro exemplar do seu primeiro livro... o primeiro passo para um cara que vai longe... Espero poder ver todo o potencial dele. E o segundo homenageado é o meu grande amigo Sebastião, que entre copos de cervejas e piadas insanas discutiu por muito tempo poemas e filosofias de calçada que iluminaram as ruas da nossa já tão longe cidade. E como não poderia deixar esta postagem findar sem um poema, deixo aqui para todos uma pequena amostra da poesia Sebastiânica... daquele que por muito tempo insistiu que eu não era poeta, e que hoje entendeu que poesia é sentimento, e momento e é tudo aquilo que trazemos cá aqui dentro...
incapaz eu me acho no momento
instante em que ouço carrossel
desdobrava pedaços de papel
e pedaço-a-pedaço foi com vento
o porque dessas coisas eu lamento
o pior disso tudo é que é verdade
me embriago as vezes na vontade
de fazer dos dois eus o mesmo nós
a ausência é o monstro mais feroz
que passeia no bosque da saudade


"Vai embora não, fica mais, homem nenhum vai te dar tanto carinho...Homem nenhum, nem mulher nem pai nem mãe... só eu mesmo pra aguentar... tanta incapacidade de AMAR!!!"

sábado, julho 28, 2007


o único conhecimento que vale é o que se nutre da incerteza de que o único pensamento que vive é o que se mantém à temperatura da sua própria destruição

terça-feira, julho 24, 2007

Lascivo haicai

O lábio mordia
Ao lembrar de cada vez
que a língua descia.

Inominável


Qual beijo tem melhor ânsia?
Que mãos tem maior ganância?
Tanto faz o gosto e calor;
basta paladar, ardor.

domingo, julho 22, 2007

Lembranças do que não foi...

Aconteceu, porém o que há de se fazer?

para que, porque ou por onde passa?
num ato não há muito o que perder
além da típica e própria desgraça

Tantos desejos, para que se querer?
falhas e erros por tudo que se faça!
num segundo, inexistência do ser;
uma lágrima desce, o clamor passa.

ambíguo, indefinido e aberto
um vazio que sangra e evidência

Lúcido? Talvez estivesse certo
Viver nem sequer mais um dia

Não dou adeus pois nunca estive perto
mas, pelos deuses! como eu queria...

Menina com jeito de Céu...


Sobe como quem quer ganhar o ar em devaneio.
Lida com o vento entranhado de frescor.
Solta teus cabelos,
E sobe!
Vai! Empresta a liberdade das aves
Sem olhar para baixo. Para baixo é sonho.
Suba sem razão. Vá por saudade do que não se dá pra viver.
Sobe por ordem do poeta e
Metros se perderão sob teus pés
Nessa graça de subir. Vai se confundir com as estrelas,
Pois tem o brilho e a singeleza de um ponto no céu.
Tens o fardo das nuvens com a beleza de uma brisa de verão.
Você é a pluma da liberdade, ganha o ar com leveza. E ganha.


Esse foi feito hoje cedo... por lembrar de uma pessoa que eu não via faz tempo e reencontrei ontem a noite... Um beijo pra ela... tendo lido esses versos ou não

quinta-feira, julho 19, 2007

Roleta Russa


Colt Python 6.6, com munição de Magnum. Cada bala seria mais do que suficiente para lhe estourar o crânio e cobrir a parede com seus miolos. A arma tem seis espaços pra munição, mas você preenche apenas três, deixando um intervalo entre cada uma. Cinqüenta por cento de chance de sair vivo, cinqüenta por cento de chance de sair morto. É engraçado pensar que algo tão pouco banal, como a sua vida ou a sua morte, possa estar à mercê da matemática, aquela matéria que você sempre matou na sua vida de estudante.


Desculpe, piada de péssimo gosto.

O cano da arma agora encosta na sua costeleta e você encara o espelho. O dedo indicador vai deslizando vagarosamente, indo de encontro ao gatilho. A ação dura poucos segundos, mas é tempo o bastante para se pensar mais do que seria possível durante um orgasmo. A tensão do momento agora se parece como a daquela noite em que você estava debruçado sobre a mesa de bilhar, o suor da testa pingando sobre a mesma, e seu coração não te deixava esquecer que ele o tinha nas mãos: a sua jogada poderia ser completamente arruinada caso ele decidisse sair pela boca, como ele ameaçava batendo com toda aquela força.

Perder não é uma opção: ou você vence o jogo, leva o dinheiro e vai embora dali com a sua namorada o mais rápido possível ou aqueles cidadãos mal-encarados vão festejar com a sua garota de um jeito que ela não vai gostar... Melhor não pensar. Ou melhor: não-pensar. Não-sentir. A perda é grande demais, por isso você não pode perder. Mas a vitória se faz muito necessária, imprescindível: e é nessas horas que a Lei de Murphy atua, e por isso você não pode vencer.

Ignore a realidade, abrace o vazio. Vivencie o caos.

Assim como naquela noite na boate, a questão não é querer vencer nem perder, mas sim de considerar todas as hipóteses e diante das conseqüências atingir um estado mental em que acertar ou errar a tacada não importa. Puxar o gatilho quando uma das balas estava na agulha, ou quando não havia bala alguma: isso também não importa. Viver ou morrer, é tudo a mesma coisa. Zero e um, luz e trevas, quente e frio, bola na caçapa e bola na quina, bala na agulha e tambor vazio.

Você chega a um ponto em que a sua mão, sua cabeça e a arma tornam-se um só. Você olha pro espelho e não tem certeza do que vê. Não tente puxar o gatilho e sobreviver, isso é impossível. Você não manipula a realidade, mas entenda que a mesma não existe sem você. Ou melhor, puxe logo o maldito gatilho e veja por si mesmo.





E você só vai perceber que puxou quando olhar a parede do quarto, pra se certificar se seus miolos foram parar nela ou não.

terça-feira, julho 10, 2007

O Vinho da Alma

Ela sorveu cada gota do vinho que havia em mim. E não bastando esvaziar-me, ainda ousou quebrar-me e jogar-me ao chão em muitos pedaços pequenos de vidro. Dançou e pisou sobre os cacos a que fui reduzido.


E eu, vingativo, cortei-lhe os pés e bebi-lhe o sangue.

quarta-feira, junho 20, 2007


Clara como a água, bela como raios de sol
Tua suave teia de encantos frente ao mar
Amarrou todo meu ser em seu farou
Que eu nem consigo mais respirar...

Mas uma voz calma e forte, insone e noturna
Disse-me no mar de encantos sobre o que fiz:
Não dê a ninguém teu coração em uma urna
Pois é preciso amar sendo feliz

Porém tal qual cão teimoso
Não guardei tais palavras no meu coração amoroso
E amei, amei o amor puro feito rosas no jardim
Que nasciam, morriam e viviam diante de mim

Só que o amor me deixou acorrentado
Mas mesmo apaixonado, detive a libertação

E só agora posso ver que essa luz amarela
Brilha no céu e não vem dos olhos dela
E como a terra após a tempestade
Um sorriso brota após as lágrimas do fim de tarde

E só agoro é que eu vejo em você
Com seu sorriso que até anjos pedem bis
Pois mais importante que amar p´ra valer
É preciso ser livre para ser feliz

Poema antigo... de um antigo eu...
Hoje nem parece que fui eu que fiz...
Aquela que passa em mim desperta a paixão
Seu gélido olhar que me rasga o coração
E que me faz suspirar louco de desejo
Desperto sonho com o néctar do teu beijo

Mas se eu a olho nos olhos com umas lágrimas
no olhar. E se eu tento ver um milagre mas
se de encontro aos meus olhos, os teus já não vejo...
Só uma alma fria a responder-me o gracejo.

Mas aquelas que a solidão têm como sina
Que entendem meu sofrer mesmo sendo meninas
Me oferecem um rosto mais belo que a lua

Que com meu tato sinto a sua pele fina
É que me gritam como a vida lhes ensina:
Vem desconhecido, hoje sou toda tua!!!

quarta-feira, junho 06, 2007

Esquece de fato o que eu disse
Não adianta os abalos
Nem os badalos persistentes

Pior seria me encontrar só
Quando só queria coletivar um inteiro

Fazei de minhas idéias
Nossas idéias
E de nossas idéias
Idéias sem donos

Registro único
O redondo vôo do pássaro
Eixos retilíneos giram em torno do próprio umbigo
Assim é o ser humano
E mesmo nisso
Nós temos o direito de sermos lidos enquanto vistos
E se é para o bem de todos
Escrevo já engavetado

Pior seria não me encontrar
Pois nem só eu estaria

quinta-feira, maio 24, 2007

Título

Perceberam que o título do post é "Título"?

Não é incrível?!?!
Quer dizer, é o máximo da metalinguagem freudiana!!! É a expressão suprema do mimetismo pós-sintético hedonista e neoliberal!!
Sem contar todo o teor judaico-cristão presente na analise justaposta de elementos coacervados...

Tá, não faço idéia se o que eu escrevi está certo ou não, mas eu preciso treinar minha capacidade de enrolar as pessoas através de palavras rebuscadas.

Na verdade, tudo tem uma explicação óbvia.
A priori, quando emitimos qualquer tipo de som, nossas glândulas neurovraginais, localizadas na região próxima aos epidídimos, manda mensagens eletrossônicas, que divergem em flexoplastias radiais, atingindo toda a carcaça fluvial do nosso corpo.
Desencadeando um sistema de afluxo de informações, toda a cadeia de colóides moleculares do sangue faz uma leve pressão em nossos nervos andrógenos, formando assim a idéia recalcada de estar lendo um texto conciso, quando, na verdade, não passa de um monte de palavras escolhidas aleatoriamente.

Falei o que precisava...


Desabafar faz bem... pelo menos para mim, e essa merda é a melhor maneira que eu tenho de fazer isso. A merda do ensino da medicina, é que com o trabalhos, os pacientes, as necropsias e as cirurgias, você acaba mesmo que inconscientemente passando a ver o homem como um relógio, muitas vezes quebrado mas ainda assim um relógio.
E isso eu ainda não consigo engolir, eu sinto e disso não minto, mas a necessidade fala mais alto...
A necessidade de gritar, de correr, de fugir... de amar... já cheguei a achar que o amor era o ridículo da vida, mas não, não é a pureza inalcansável que procuramos, e sim as impurezas, as "migalhas dormidas" do pão de alguém, me desculpem mais eu vivo cazuzeando mesmo, de alguém cujas falhas você não suporta, mas no fim das contas você sabe que se importa... e é por isto que isso te dói... te dói não me dói... pois sou eu o cavaleiro da triste figura... é a minha vida que é emprestada... e sou eu que estou sempre atrasado nessa conspiração internacional...
Vamos nos esconder para que possamos nos enxergar... o passado é belo, e o futuro é duvidoso... Não sei se voltarei a te ver de novo, nem se irei te esquecer (ou mesmo se tentarei) só que eu amo tanto e tanto que eu nem sei mas quem já fui antes...

Sei que ficou meio quebrada, sem sentido e incompleta, mas será que não é isso tudo que somos, é a imperfeição que nos faz belos... sim, antes do fim Liberté, vou falar com Varela amanhã, e obrigado por tudo... você me estendeu a mão e me ajudou a levantar quando eu muito precisei, obrigado por tudo (sim, mal posso aguardar para bebermos novamente...), e Matias, obrigado por seu meu amigo a ponto de se arriscar a me falar o que eu não queria ouvir... te devo umas cervas o outro post que virá após este será mais lúdico... aguardo outro encontro, para (parafraseando a mim mesmo) nossa filosofia de calçada iluminar as ruas dessa cidade desencantada e bendita...

Enfim, obrigado a todos que leram essa merda até o fim!!!