quinta-feira, agosto 17, 2006

SE O VOTO PUDESSE MUDAR ALGUMA COISA ELE SERIA ILEGAL.



Não Vote. Há uma lista inteira de coisas para não fazer, especialmente não desperdiçar tempo com estratégias quefalharam. Entretanto, votar merece uma menção especial, por causa da horrível ambivalência que ainda cerca este assunto.A ambivalência surge em larga escala a partir do óbvio fato de que o voto pode representar uma considerável diferença em nossas vidas se o governo ser controlado por fanáticos da extrema direita ou por liberais bonzinhos. Afinal de contas, se os governos ficam nas mãos das pessoas certas, e se a dinâmica interna do capitalismo permitir (isto é, se a taxa de lucro for suficientemente saudável) muitas coisas boas podem acontecer para o trabalhador comum. O que os governos não podem fazer é destruir o capitalismo, porque eles são uma parte integrante do capitalismo.Temos que enfrentar até mesmo argumentos como este. Qualquer tempo ou energia gastos no processo eleitoralsempre fará falta para o alcance de nossos verdadeiros objetivos. Não podemos nos dar ao luxo desse desperdício. Não temos tempo a perder. Ou paramos de lutar por aquilo que queremos ou começamos a lutar por aquilo que queremos. Nóstemos que reservar nossas energias para aquelas estratégias que destruirão o capitalismo e criarão um novo mundo. Alguns radicais argumentam que temos que fazer ambas as coisas, eleger socialistas ou pelo menos liberais progressistas para o executivo ou parlamento, ao mesmo tempo em que construímos instituições alternativas e atacamos o sistema de outros modos. Eles não estão sendo realísticos. Você pode gastar décadas de sua vida tentando construir um trabalho novo oupartido progressiva, mas o que você consegue mesmo se for bem sucedido? Não o que você realmente queria!Além do mais há toda uma gama de objeções ao voto, ele perpetua a ilusão de que vivendo em uma democracia oupelo menos em uma proto-democracia, que legitima o sistema, aquela disputa eleitoral é apenas uma opção para o muito rico, e assim por diante. Você pode recordar a sátira anarquista de que SE O VOTO PUDESSE MUDAR ALGUMA COISA ELE SERIA ILEGAL. Há um adesivo de pára-choque que onde se lê: “NÃO VOTE! ISSO APENAS OS INCENTIVA”. Se possível abstenha-se até mesmo de votar, mesmo que sofra alguns contratempos, é um ato de resistência. É uma rejeição consciente ao capitalismo, uma recusa em vender o cérebro, e como tal é um passo para construir um movimento de oposição.Embora voto universal represente uma grande conquista por parte do proletariado, do feminismo, da agitação pelosdireitos civis, foi ao longo do tempo transformado em um mecanismo de controle pela classe dominante, para ser usado contra nós. Deveríamos dispensar definitivamente esta prática e começar a praticar a ação direta para destruir o sistemaque nos está matando aos milhões.

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